quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Identifique os 10 perigos escondidos no banheiro de casa e proteja sua família

Mude os hábitos que favorecem a proliferação de microorganismos causadores de doenças


O banheiro encerra uma insolúvel contradição: apesar de ser o lugar que você procura para realizar hábitos de higiene, sem dúvida ele reúne as condições mais propícias à contaminação. Por um lado, isso se deve às próprias características do ambiente. Mas a falta de atenção com a limpeza e com a manutenção, além de hábitos pouco cuidadosos, também contribuem para que os microorganismos façam a festa , afirma o biomédico Roberto Figueiredo, bastante conhecido como o Dr. Bactéria.Abaixo, ele identifica os maiores perigos escondidos nesta parte da casa e dá conselhos, certeiros e baratos, para que você deixe o banheiro de casa um pouco menos hospitaleiro para fungos, bactérias e outros agentes causadores de doenças.

1. Usar toalha de tecido no lavabo
Sem dúvida, quando falamos de higiene, uma toalha de papel, virgem (não reciclado), representa o melhor. No entanto, fica difícil colocar em um banheiro de uma casa um toalheiro de papel sem dar cara de shopping ou indústria. Por isso, não da para se livrar de uma toalha de tecido. Troque diariamente ou sempre que estiver muito molhada. Eduque as pessoas para não enxugar o rosto nestas toalhas, lugar de lavar o rosto é no banheiro e usando a toalha de banho.

2. Partilhar um sabonete em barra
Geralmente, os sabonetes não apresentam ação desinfetante, bactericida (a não ser os produzidos com esta finalidade). Eles servem para limpar, e não para matar germes. Tenha higiene: percebendo que há algum resíduo preso ao sabonete, lave-o.

3. Abrir a porta e dar descarga depois de lavar as mãos
É claro que a maçaneta da porta, sendo tocada por uma mão contaminada, vai carregar as bactérias. No entanto, mantendo a maçaneta sempre limpa, sem gordura ou outra impureza, os microorganismos tendem a morrer, pois não resistem à falta de água. Mesmo assim, procure lavar as mãos após apertar a descarga ou tocar em outros objetos do banheiro.

4. Deixar cesto de roupas sujas no banheiro
Estando bem fechado, não representa tanto problema assim. Mas, no caso das roupas íntimas, sempre é bom adicionar na água de lavagem uma colher de desinfetante à base de quaternário de amônio, facilmente comprado em supermercados. Isso diminui os riscos contaminação.

5. Manter a escova de dente na pia
Pode ser mantida, desde que você nunca dê a descarga com a tampa aberta e sempre pulverize a escova com uma solução de gluconato de clorexidina a 0,12%, encontrada facilmente nas farmácias e drogarias. Enxágüe antes de usar.

6. Deixar lodo acumulado no boxe e nos armários
Aquele lodo é constituído por microorganismos que, na maior parte das vezes, não causam doenças. No entanto, podem levar a uma alteração da flora normal da boca quando em contato com escovas de dente, levando a processos de gengivite e cárie, por exemplo.

7. Dar descarga com a tampa levantada
Dando a descarga com a tampa levantada, você catapulta os germes para o ar. Eles chegam a atingir até 6 metros de altura e, como o pé direito de seu banheiro não tem tudo isso, os microorganismo ficam rodando pelo ar por até 2 horas, contaminando escovas de dentes e outros materiais colocados sobre as bancadas e pias.

8. Tomar banho com os pés descalços
No banheiro de sua casa, não tem tanto problema, afinal e você quem controla a limpeza e higienização com água sanitária. No entanto, em clubes e noutros locais, sempre é bom usar um chinelo de dedo, principalmente sobre estrados de plástico (altamente contaminados).

9. Manter um tapete de borracha de uso comum no banheiro
Tudo que você colocar irá servir de mais uma base para o crescimento de microorganismos. Sendo possível, elimine. Mas existem locais em que o piso muito liso pode levar a acidentes, principalmente de pessoas mais idosas. Nesses casos, não é possível eliminar, então lembre-se de desinfetar com água sanitária.

10. Deixar as janelas do banheiro sempre fechadas
O vapor retido dos chuveiros eleva a umidade das paredes, favorecendo o bolor. A aplicação, a cada 15 dias, de uma solução de 50% de água sanitária em água eliminará a presença destes bolores desagradáveis. Mas sempre é bom ventilar.

Corpo em forma de pera é mais saudável que formato maçã

Quem tem bumbum e pernas avantajados corre menos riscos de ter problemas cardíacos


Ter o corpo em formato de pera, quando a gordura se concentra nas coxas e no bumbum (periférica), é menos prejudicial à saúde do que ter o corpo em formato de maçã, quando a gordura é na região da barriga (visceral).

Essa é a conclusão de um estudo realizado pela Universidade de Oxford , na Inglaterra, que sugere que a gordura da região do quadril controla o os níveis de ácidos graxos no organismo e contém um agente anti-inflamatório que impede a obstrução das artérias.

O estudo, publicado na revista científica International Journal of Obesity, afirma que ter bumbum grande é preferível à gordura na região da cintura, que não oferece esse tipo de proteção e é mais danosa ao organismo.
Quando a gordura se concentra no tronco, os riscos de diabetes, doenças cardiovasculares e hipertensão são muito maiores. De acordo com os pesquisadores, a pouca gordura nos quadris pode levar a problemas metabólicos sérios, como a Síndrome de Cushing, uma desordem causada por altos níveis de cortisona do sangue e que causa aumento de peso.

Estudos anteriores demonstraram que é mais difícil queimar a gordura concentrada em torno das coxas e do bumbum do que a situada na região da cintura, o que é benéfico ao organismo já que quando a gordura destas regiões é quebrada muito depressa, libera substâncias conhecidas como citoquinas, que podem levar a inflamações no corpo.
Além disso, a gordura em torno do quadril também produz maiores quantidades do hormônio adiponectina, que protege as artérias e promove melhor controle da taxa de açúcar no sangue.

Os pesquisadores afirmam ainda que tratamentos futuros poderiam tentar aumentar a quantidade de gordura no quadril de pacientes que sejam propensos a ter problemas cardíacos. 

Conheça 4 verdades e 5 mitos sobre micoses de unhas

Calor e umidade favorecem a proliferação de fungos causadores do problema



Verão em alta, mar, piscina e muita gente dividindo o mesmo espaço. O cenário que é típico das altas temperaturas não é cobiçado só por banhistas e turistas do mundo inteiro.

É também o habitat ideal para os milhares de fungos que se proliferam nestas condições e causam as tão temidas e incômodas micoses.  Micose é o nome popular dado às várias infecções de pele e unhas causadas por fungos.

Existem cerca de 230 mil tipos de fungos, mas apenas 100 tipos deles causam infecções. Em condições favoráveis como ambientes com muita umidade e calor, os fungos se reproduzem rapidamente e podem dar origem a um processo infeccioso que, dependendo do fungo ou da região afetada, pode ser superficial ou profundo.
Micose pés
 "Como todo agente infeccioso, os fungos adoram o calor e a umidade e no verão se sentem no paraíso. Mas se engana quem acha que micose só se pega no verão. Abafar pés e mãos pode causar o problema, que embora contagioso, não é adquirido apenas por transmissão", explica a dermatologista da Unifesp, Meire Parada Brasil. A seguir, confira as dicas das especialistas e esclarece mitos e verdades sobre o problema.
1.Suco de limão acaba com as micoses
Mito: o suco de limão não tem ação alguma sobre a micose e, se manipulado para fins que não os indicados, pode causar danos graves a sua saúde. "O limão, por ser ácido, quando exposto à altas temperaturas pode causar manchas e, em casos mais graves, provocar queimaduras", explica Meire.
2.Existe mais de um tipo de micose
Verdade: o número de tipos de micose é proporcional ao número de fungos. Os dois tipos mais comuns são esses:

- A micose superficial mais comum é a frieira (tinea pedis), conhecida como "pé-de-atleta", que atinge a pele entre os dedos, geralmente a dos pés. Ela pode vir acompanhada de uma infecção bacteriana e, em alguns casos, a cura pode demorar vários meses.

- A Pitiríase versicolor: conhecida vulgarmente como pano branco, é uma micose superficial causada pela levedura P. ovale.
O tratamento deve ser multidisciplinar envolvendo dermatologistas e podólogos
Micoses profundas
Incluem-se neste grupo infecções fúngicas que afetam a profundidade da pele ou subcutâneas e aquelas que se instalam em órgãos internos como, por exemplo, a blastomicose e a criptococose.

"Este tipo de micose é mais raro e geralmente é adquirida pela contaminação de alguma ferida ou corte", explica a dermatologista do Hospital Bandeirantes, Susy Rabello. "Você pode desenvolver quadros graves de doenças pulmonares, por exemplo, se não tratar este tipo de micose", continua.
3.Óleo de melaleuca mata os fungos
Mito: o óleo de melaleuca tem sido aplicado no tratamento de infecções por causa das suas propriedades anti-sépticas e pela sua capacidade de se misturar à secreção sebácea e penetrar na epiderme.

Porém, é importante saber que existem efeitos colaterais graves como secura da pele, prurido, sensação de queimação e pontadas, além de vermelhidão. "Eu não indico o produto. Acho que existem medicamentos confiáveis e acessíveis que são mais eficientes e não prejudicam a saúde", alerta Meire.
4.Lixa de unha transmite micose
Verdade: a miscose é transmissível de diversas maneiras. Por isso, recomenda-se evitar o uso comum de objetos como lixas, biquínis e peças íntimas, por exemplo. "Não se deve compartilhar objetos pessoais. Os fungos resistem no ambiente por muito tempo e, se a pessoa tiver micose e você usar algo dela, pode se contaminar", adverte.

Formas de contágio
-Contato com animais de estimação

-Em chuveiros públicos

-Lava-pés de piscinas, praias e saunas

-Andar descalço em pisos úmidos ou públicos

-Uso de toalhas compartilhadas ou mal-lavadas

-Peças de uso comum (botas, luvas)

-Uso de roupas e calçados de outras pessoas

-Uso de alicates de cutículas, tesouras e lixas não-esterilizadas

-Usar roupas úmidas por tempo prolongado

Micoses
5.Micose de unha é igual a de pele
Mito: existem vários tipos de fungos e, por isso, vários tipos de micose. A micose da pele pode ou não ser igual a da unha. Isso vai depender do fungo causador da infecção.

Se há uma diferença entre pele e unha em relação à micoses, ela está no tratamento. Tratar micoses de unha é muito mais trabalhoso e demorado do que as da pele. Isso porque, segundo a dermatologista, o tratamento das unhas depende da eliminação da unha contaminada, o que demora em média um ano para acontecer.

"É preciso retirar a parte que se descola da pele em função da infecção, limpar muito bem a área que fica debaixo da unha e esperar. É um processo demorado e difícil que requer disciplina e paciência", explica. "A unha não dói e fica amarelada, já a pele fica avermelhada e coça bastante, o que incomoda bem mais", explica Susy.
6.Micose passa de uma unha para outra ou da unha para a pele
Verdade: como o contágio se dá por contato, é possível que uma unha infeccionada transmita o problema para as outras, tanto nos pés quanto nas mãos, embora a dos pés seja mais comum.

"As unhas ficam expostas a agentes externos e ao contato de uma com as outras. Se houver uma infecção em uma delas, certamente será transmitida as demais", explica Meire. "A micose pode passar não só de uma unha para outra como também da unha para pele", diz Susy.

7.O uso de esmaltes não atrapalha o tratamento das micoses
Mito: o esmalte impermeabiliza a unha e dificulta a penetração do medicamento. O ideal é usar esmaltes antimicóticos, pois eles são os mais indicados para cuidar de micoses já que apresentam maior taxa de antifúngicos. "O esmalte comum não é indicado, porque torna o processo de cura mais demorado, já os antimicóticos são excelentes porque tratam o problema com maior eficiência. Mas seu uso deve ser feito apenas sob prescrição médica para evitar alergias ou reações adversas", explica.
8.Os antifúngicos de consumo oral prejudicam o fígado
Verdade: os antifúngicos orais são metabolizados unicamente pelo fígado, podendo sobrecarregar ou agredir este órgão. "Por isso, pessoas com problemas relacionados ao funcionamento deste órgão não devem fazer uso dos antifúngicos", alerta a dermatologista.
Micoses
9.Micoses podem ser tratadas apenas por podólogos?
Mito: os podólogos são profissionais preparados para identificar este tipo de infecção e são treinados para fazer a parte de assepsia do local atingido, essencial para a recuperação, porém, não podem receitar nenhum tipo de medicamento. "Nós não podemos medicar o paciente. O que fazemos é detectar o problema e cuidar da assepsia do local. O tratamento deve ser multidisciplinar envolvendo dermatologistas e podólogos", explica Elaine Aparecida Nunes, professora do curso de podologia do Senac (Guarulhos). "Além disso, o podólogo só auxilia no tratamento de micoses superficiais, como as de pele e unha".
Tratamento
Existem métodos rápidos, eficazes e seguros para o tratamento de micose. Mas, apesar de ser um tratamento simples, exige persistência e paciência, porque é um processo demorado. Além disso, as aparências enganam muito nestes casos.

"Às vezes, o paciente interrompe o tratamento e acha que já está curado porque a região afetada parece recuperada mas, na verdade, ainda não se alcançou a cura total e o tratamento tem que começar novamente", alerta Meire. "Portanto, o paciente só deve parar quando for uma recomendação do médico", diz.

O tratamento pode ser por via oral ou tópico e, dependendo da gravidade do caso, pode ser necessária a combinação dos dois métodos.
Prevenção
Alguns procedimentos diminuem o risco de se contrair micoses:

-Sempre use calçados arejados

-Evite andar descalço em pisos úmidos

-Nunca use toalhas compartilhadas, especialmente se estiverem úmidas ou mal lavadas

-Após o banho enxugue-se bem, principalmente nas áreas de dobras, como o espaço entre os dedos dos pés e virilha

-Use sempre roupas íntimas de fibras naturais, como o algodão, pois as fibras sintéticas prejudicam a transpiração

- Evite usar roupas apertadas, que provocam atrito e prejudicam a transpiração